quarta-feira, 21 de março de 2012

Câmara homenageia portadores de Síndrome de Down

A senhora Edjane Maciel e seu filho Luan Maciel foram
 um dos homenageados durante a sessão desta quarta (21)


                                   Vereadores ocuparam a tribuna e ressaltaram
                                                       a importância da data

A Câmara Municipal de Campos fez uma homenagem aos portadores com Síndrome de Down, em especial, aqueles que estiveram no plenário durante a sessão desta quarta-feira (21), em companhia de seus pais, no dia que é considerado o Dia Internacional de Síndrome de Down.

Por esse motivo, a vereadora Odisséia Carvalho, que tem uma enteada especial, levou vídeos que foram apresentados aos vereadores e público presente. Em aparte, o vereador Gil Vianna, que perdeu uma filha aos 16 anos com a síndrome se emocionou, e falou de sua mudança como pessoa, depois que passou a conviver com a jovem.

O presidente da Câmara, Nelson Nahim disse que não teve a graça de ter um filho especial, mas, junto com sua esposa, fundou a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, que assiste hoje 260 pessoas de várias idades.

“Deus escolhe as pessoas especiais para cuidarem dessas crianças que só nos dão amor, carinho e muita alegria. Hoje é dia de bater muitas palmas, pois quem tem um filho especial dá mais valor à vida. Parabéns a todos e que a nossa sociedade seja menos preconceituosa e discriminativa, pois ser diferente é normal”, disse Nahim.

Depois que a vereadora Odisséia mostrou um vídeo do senador Lindeberg Farias, que também tem um filho especial, o vereador Papinha também usou da palavra e falou do trabalho realizado pela sua esposa, que também cuida de uma menina de 13 anos que foi premiada com uma filha, que chamamos de Dudinha. "É impressionante o carinho que ela tem conosco e que repassa para toda a nossa família”, lembrou Papinha.

História - A Síndrome de Down pode atingir um entre 800 ou 1000 recém-nascidos. A variação deve-se ao fato de a incidência do distúrbio aumentar em filhos de mulheres mais velhas. Segundo Juan Llerena, médico geneticista do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 60% dos casos ocorrem em mães com mais de 35 anos. “Em jovens, a probabilidade é de um bebê com down para cada 1752 partos. Aos 40, o risco sobe de um para 80”, exemplifica o médico.

O transtorno pode ser detectado já nos exames pré-natais e confirmado através de avaliações laboratoriais após o parto. Estes procedimentos indicam ainda a severidade do distúrbio e a possibilidade de o casal ter outra criança com a síndrome.


Reação dos pais - Ainda hoje, apesar das campanhas de esclarecimento e de desmistificação da Síndrome de Down, muitos pais ainda se sentem inseguros ao receber a notícia de que os filhos têm o transtorno. É o que relata a psicóloga Ceci Cunha, do Serviço de psicologia médica do Instituto Fernandes Figueira.

“Os pais tendem a idealizar uma imagem de seus filhos e qualquer criança que saia deste padrão esperado os choca. Muitos se questionam o porquê, se sentem culpados por ter desejado ou não a gravidez e querem saber o que teriam feito de errado. Têm medo de que o mesmo possa ocorrer em uma futura gravidez. Então nós conversamos, tentamos compreender o que a criança representa na vida deles e iniciamos um trabalho de apoio. É um longo processo, mas com o tempo eles costumam aceitar melhor”, conta.

Por Márcia Lemos

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