quinta-feira, 5 de junho de 2014

Xuxa comemora aprovação da Lei da Palmada no Senado

Senado aprova Lei da Palmada sem alterações.

Diante de grande polêmica, o plenário do Senado aprovou  o projeto
de lei que pune famílias que usem violência física na educação dos
filhos. Conhecida como Lei da Palmada, o projeto foi aprovado mais
cedo na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa, após
 intervenção do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) para
 que o projeto fosse aprovado a tempo de chegar à apreciação
do plenário ainda hoje. A proposta segue para análise da
presidenta Dilma Rousseff, que terá até 15 dias úteis para
vetar eventuais trechos ou sancionar integralmente o texto.


O texto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê
 que eles sejam educados e cuidados sem o uso de castigos
 físicos ou de tratamento cruel ou degradante. O texto define
 castigo como a “ação de natureza disciplinar ou punitiva com
o uso da força física que resulte em sofrimento físico ou
lesão à criança ou ao adolescente”.  Já o tratamento cruel
ou degradante é definido como “conduta ou forma cruel de
 tratamento que humilhe, ameace gravemente ou
ridicularize a criança ou o adolescente”.

A sessão foi acompanhada pela ministra da Secretaria 
de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, e pela apresentadora
 Xuxa Meneghel, que acompanhou a tramitação da matéria
e comemorou a aprovação. Ela defendeu o texto aprovado
e negou que a lei vá punir pais que queiram educar os filhos.
 “As pessoas entenderam que não se trata de querer prender
 quem quer o educar o filho. É mostrar que se pode educar,
 se deve educar sem violência. Ninguém vai ser preso por dar
 uma palmada como estão querendo dizer. Mas talvez um dia
 as pessoas vão entender que nem essa palmada é necessária,
que se pode conversar”, disse a apresentadora.

Contrário ao projeto, o senador Magno Malta (PR-ES)
tentou adiar a votação com pedido de vistas de cinco dias na
 CDH, mas não conseguiu. Ele criticou o texto por considerar
 que ele deixa os pais vulneráveis a denúncias caluniosas ou
 a brigas de família que levem a acusações falsas. O senador
 leu na tribuna um texto do jornalista Ricardo Kotscho
 criticando a iniciativa. “Não sei qual a melhor solução, mas
não é, certamente, punindo os pais com a Lei da Palmada
que vamos melhorar o nível educacional dos nossos jovens
 e construir uma sociedade menos violenta, mais fraterna”, disse.

Apesar de os senadores favoráveis à matéria garantirem que
 não se trata de legislação criminal, o texto prevê punições
aos pais que insistirem em castigar fisicamente os filhos,
 como advertência, encaminhamento para tratamento psicológico
e cursos de orientação, entre outras sanções. Os
conselhos tutelares serão responsáveis por receber denúncias
e aplicar as sanções.

O projeto recebeu no Senado o nome de Lei Menino Bernardo,
 em homenagem ao garoto morto pelo pai e pela madrasta
 recentemente no Rio Grande do Sul. No fim, a matéria foi
 aprovada sem alterações em relação ao texto enviado pela
 Câmara dos Deputados.


Fonte: Agência Brasil/ Momento Verdadeiro

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