terça-feira, 1 de julho de 2014

Servidores da Uenf não aceitam reajuste da Alerj e retomam greve

Em assembleia realizada nesta segunda-feira (30), o Sintuperj decidiu por retomar a greve, que fora suspensa devido às negociações

SintuperjUenf centro convenções capa













Na última quarta-feira (24) foi aprovado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) o projeto de lei que concede 19% linear de correção salarial aos servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Aos professores foi concedido reajuste que varia entre 19% e 39%. Em assembleia realizada nesta segunda-feira (30), o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais (Sintuperj) decidiu por retomar a greve, que fora suspensa devido às negociações. Segundo um integrante do comando de greve, que se identificou como Sérgio, o clima é de insatisfação.

A principal reclamação dos servidores é a diferença entre os reajustes dados aos professores da Uenf e aos técnicos e também a falta de equiparação com os profissionais da Uerj. O Sintuperj informa que a reitoria já foi notificada. A reitoria, por sua vez, foi procurada mas não se pronunciou. 

Num documento enviado ao governador do Rio de Janeiro, Luis Fernando Pezão, o sindicato critica a posição do governo: “Como a categoria atendeu a sugestão de Vossa Excelência, Governador Luiz Fernando de Souza – Pezão, para suspender a greve dando assim, um crédito de confiança ao Governo, entendemos que merecíamos ao menos a equiparação com os vencimentos da Uerj”.

Os grevistas pedem o agendamento de uma reunião com as Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e de Planejamento e Gestão, com a presença da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e da presidência da Alerj e Casa Civil. Eles querem entender porque o que foi prometido não foi cumprido. 

“Queremos reunião para entendermos o que aconteceu, uma vez que a equiparação prometida pelo governo só ocorreu para os docentes. Com os dezenove por cento (19%) dados, o nível superior ficou com vencimentos acima dos da UERJ e para os níveis elementar, fundamental e médio se manterá a INJUSTIÇA que vem sendo praticada há muitos anos, com valores muito abaixo para os mesmos cargos”, diz o documento.

“Isso é uma injustiça, uma discriminação com os técnicos”, critica Sérgio. “Somos todos concursados, ninguém é funcionário contratado, os técnicos estão na universidade e vivem da universidade e para ela”, comenta Sérgio.  No documento, é mostrado que a diferença entre a progressão de carreira entre os níveis é grande.

Entre o nível médio e o superior, por exemplo, na tabela enviada pelo Sintuperj, consta que um técnico de nível médio ganha cerca de R$1800 no começo da carreira e R$2800, no fim da carreira,uma progressão de 56% no salário. Já servidores com nível superior tem uma progressão de quase 150%, começando a carreira com R$2600 e chegando quase aos R$7 mil.

Esses valores se referem aos servidores da Uenf. Quando comparados à Uerj, os servidores de nível médio da Uenf tem uma diferença negativa de mais de 50%. Enquanto ganham no máximo R$2832 no final da carreira, os mesmos cargos da Uerj ganham R$4349. Já os servidores com nível superior acontece o contrário: seus salários chegam a R$ 6707 no final da carreira, contra os 6225 da Uerj.

Os servidores veem de forma negativa profissionais que desenvolvem a mesma função e são contratados pela mesma secretaria receberem salários tão diferentes.As secretarias estaduais e a Alerj foram contatadas, mas não responderam até o fechamento dessa matéria.

Os professores da Uenf, por sua vez, também se consideram insatisfeitos com o reajuste, que não cobre as perdas inflacionárias. Porém, a diretoria da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf) confirma a sinalização para o fim da greve, mas ressalta que a decisão será decidida em assembleia no dia 8.

No site da Aduenf, há uma petição pública dirigida a Pezão. O abaixo-assinado pede para que o governador sancione a emenda parlamentar aprovada na ALERJ que destina 6% do orçamento de 2015 para as três universidades estaduais do Rio de Janeiro. 

FONTE:  JB ONLINE

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