quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Comércio teme prejuízo com a greve

Jane Ribeiro
Foto: Rodrigo Silveira
Esta quarta-feira (10) será um dia decisivo para os bancários que terão a última rodada de negociação com a Federação Brasileira dos Bancos (Febrabam) para discutir o reajuste salarial. A reunião acontece no período da tarde, mas antes a categoria realiza um ato público no calçadão para alertar a população sobre uma possível paralisação por tempo indeterminado, com previsão de iniciar no próximo dia 24. Essa possibilidade coloca o comércio apreensivo. Os empresários temem mais um prejuízo por conta a falta de circulação de dinheiro na cidade.
Para o presidente da Carjopa, Eduardo Chacur, se a greve se concretizar a situação do comercio ficará ainda mais complicada. Segundo ele, o ano foi totalmente desfavorável com muitos feriados e a paralisação dos vigilantes, que durou 45 dias. A classe espera um entendimento para evitar o pior no setor.
— A gente sabe dos direitos dos trabalhadores, respeitamos, mas o primeiro setor a ser prejudicado com uma paralisação dos bancários é o comércio. Temos pela frente uma data promocional que é o Dia das Crianças e caso se concretize a greve o prejuízo será grande. Esperamos um entendimento — informou ele.
Essa será a quarta rodada de negociação, em que será discutido o reajuste salarial de 12,5% total, que seria a reposição da inflação e mais 5% de aumento real e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Nas outras foram discutidos assuntos como saúde e condições de trabalho, igualdade e oportunidade, segurança bancária, metas abusivas e assédio moral. A Fenabam promete apresentar nesta quarta uma proposta global que possa atender a todas as reivindicações.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Hugo Diniz, pela manhã será realizado um ato público no calçadão do Centro onde a categoria vai expor para a população os motivos de uma possível paralisação.
— Não estamos afirmando que vamos parar. Tudo vai depender da rodada de amanhã (quarta) à tarde com a apresentação da proposta da Fenabam. Esperamos um entendimento — informou Diniz.
Última — A última greve dos bancários durou 25 dias o que resultou em grandes prejuízos a população e ao comércio da região. Em todo o país mais de 12 mil agências ficaram fechadas. No Norte e Noroeste Fluminense existe 70 agências bancárias e cerca de mil funcionários. Dos municípios, Campos é o que possui maior número de agências, cerca de 50, e maior número de bancários.
Fonte: Folha da Manhã

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