terça-feira, 12 de maio de 2015

MPF faz vistoria no Ferreira Machado

Medicamentos vencidos foram apreendidos no pronto-socorro

  Foto: Filipe Lemos / Campos 24 Horas
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Em prosseguimento à série de visitas para fiscalização nos hospitais da rede pública da região, com o objetivo de verificar possíveis irregularidades, o Ministério Público Federal (MPF) realizou na manhã desta terça-feira (12) uma inspeção no Hospital Ferreira Machado (HFM).
Os agentes verificaram, inicialmente, as escalas de serviço dos médicos e enfermeiros da unidade e as folhas de ponto, além das condições de atendimento dos pacientes. Alguns medicamentos fora do prazo de validade foram apreendidos e encaminhados para a 134ª DP/Centro.
O diretor do HFM, Ricardo Madeira, ressaltou que o hospital recebe pacientes de toda a região, vítimas de trauma e outras enfermidades e, ainda, ressaltou a dificuldade para transferir pacientes para cirurgias ou continuação do tratamento nos hospitais conveniados.
- Nossa porta de entrada é aberta, mas a porta de saída é bem estreita. Enfrentamos dificuldades para transferir pacientes, pois o Hospital Plantadores de Cana fechou seu Centro Cirúrgico; a Beneficência Portuguesa reduziu sua capacidade instalada para ortopedia e a Santa Casa de Misericórdia vai voltar a receber pacientes transferidos na semana que vem – disse o diretor, que acredita que houve uma impressão positiva da equipe do MPF em relação às instalações do hospital, principalmente da nova UTI, da limpeza e dos cuidados com o paciente.
Ricardo Madeira 8
“O  objetivo inicial é conhecer a situação das unidades. A partir de então, mandamos ofícios para toda região que está sobre nossa atribuição, para saber exatamente como era feito o controle dos médicos. Instauramos em maio de 2014 um inquérito civil que partiu através de uma denúncia de uma pessoa via internet que dava conta de que os médicos em Travessão não estariam cumprindo a jornada de trabalho e assinando ponto”, destacou o procurador Eduardo Santos de Oliveira, responsável pela ação.

Santa Casa de São João da Barra e Hospital de Ururaí
Na Santa Casa, a fiscalização do MPF encontrou vários medicamentos com data de validade vencida. Inclusive, insulina, remédio que é usado para o tratamento de diabéticos.  O medicamento estava vencido desde o mês de março. Os agentes foram para 145ª DP de São João da Barra, onde a ocorrência foi registrada.
Já no  Hospital de Ururaí, os agentes do MPF encontraram  infiltrações nas paredes.
De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Dr. Chicão, inúmeros investimentos estruturantes foram feitos em toda a rede de saúde no município. Dr. Chicão explica que a inspeção do MPF nesta quarta-feira foi acompanhada pelo diretor médico da Unidade Pré-Hospitalar, Dr. Paulo Marcelo, que garantiu que não havia falta de médicos. Os três profissionais foram apresentados à equipe que fez a vistoria.
A equipe do MPF foi conduzida até o local onde é acondicionado o lixo e verificou que não havia nenhum problema. A água mineral tem local adequado para ser guardada, mas uma equipe da Fundação Municipal de Saúde será enviada para avaliar se há algum problema na armazenagem.
Somente em março deste ano, quase 26 mil pessoas foram atendidas com remédios em todas as unidades da rede municipal de saúde, num investimento de R$ 670 mil. A Secretaria de Saúde distribuiu mais de 190 milhões de itens de medicamentos em 2013 e em 2014.
A Prefeitura custeia cerca de 90% dos medicamentos ofertados à população, enquanto o governo federal paga 10%. De um total de 250 itens de medicamentos, houve um atraso na entrega de apenas alguns deles. A empresa fornecedora já foi notificada e a Secretaria aguarda a entrega de novo lote nos próximos dias.
Hospital Geral de Guarus (HGG)
“Os agentes encontraram escalas completas, ponto eletrônico em fase de implantação,  farmácia abastecida e laboratório em pleno funcionamento, além de um livro de frequência.  Ao final da inspeção, saberemos os questionamentos que serão feitos à Fundação de Saúde”,  disse Filipe Mocaiber.
Um procedimento da enfermagem teria sido o ponto negativo da inspeção. Roupas usadas nas camas e macas da emergência teriam sido encontradas em um banheiro. Os agentes teriam solicitado que fossem colocadas em um local apropriado.  
Fonte: Campos 24 Horas

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