Elizabeth Gonçalves dos Santos, testemunha-chave da Operação Chequinho — que levou à prisão o
ex-governador Anthony Garotinho — denunciou à Polícia Federal, na última
semana, ter sofrido ameaças. A pressão seria para não dar detalhes, em
depoimento, sobre o esquema que envolveria compra de votos em troca do
cadastramento no programa Cheque Cidadão.
O Globo, edição de hoje, traz uma matéria
dando conta que Beth procurou a Polícia Federal, no último dia 8, para relatar
as ameaças e dizer que está sendo perseguida desde que prestou o depoimento no
qual admite sua participação na distribuição do Cheque Cidadão na campanha
eleitoral de 2016 e abre detalhes do esquema de compra de votos em troca de
cadastramento no programa - a Operação Chequinho.
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No depoimento, Beth contou que, em
dois dias diferentes, percebeu estar sendo seguida por um carro, um Astra
preto, primeiro quando ia com o marido à igreja e, na outra ocasião, ao avistar
o mesmo carro na esquina de sua casa. Depois, no dia 7 de abril, ela afirma ter
sido perseguida por dois homens em uma moto, no Centro de Campos, até conseguir
se refugiar dentro de um shopping. E que, no dia 4 de maio, aconteceu a ação
mais direta.
Elizabeth diz que estava num ponto de
ônibus da Avenida 28 de março quando dois homens em uma moto sem placa subiram
a calçada. Ao pensar que era um assalto, fez menção de entregar o celular, mas
um dos homens perguntou se ela era a “Beth Megafone” e em seguida afirmou “Cala
sua boca, porque assim como nós te achamos hoje, achamos você e sua família em
qualquer dia, em qualquer lugar”. Em seguida, os dois saíram com a moto.
Folha da Manhã
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